Um homem, uma mulher? Não importa: “Marta Rocha”, que um dia já foi jogador de futebol, vai a Cuba porque uma vidente previu que lá acontecerá uma transformação violenta em sua vida. A mesma história erótica deste travesti enlouquecido voltará em versão política. O início e o fim de uma colagem pop contínua, em forma de delírio e brincadeira com coisas muito sérias da história política e social brasileira. Cuba é um sonho e um pesadelo para os personagens do consagrado escritor mineiro Roberto Drummond. Neste livro de dezesseis histórias, organizado em dois tempos, como uma partida de futebol, e com um intervalo em que o assunto é a morte do craque Heleno de Freitas, ele trata de mortes reais e simbólicas, ressuscitando ícones do cinema como James Dean, Robert Taylor e Marilyn Monroe, e traduzindo agonias e desilusões, sempre com seu talento inegável para a construção de narrativas provocadoras que o marcaram como um dos maiores autores da literatura brasileira.
Sobre o Autor:
Roberto Drummond (1933-2002), que viveu em notável solidão, refugiado em Minas Gerais, viveu fascinado não só pela morte, mas também pelo futebol - era comentarista esportivo- e pelos símbolos pop que marcaram o início de sua literatura: a Coca-Cola (única bebida que tomava), atores e atrizes dos anos 50 e 60, escritores como Hemingway e Scott Fitzgerald, cantores e canções, filmes, quadros de Andy Warhol, jogadores de futebol, guerrilheiros icônicos como Che Guevara.